Aquele pobre diabo, o traidor.
De tao divina e preciosa arte, a criatura,
Que aa sepultura negra sera um dia levado,
Com trovoes festejando, em noite escura,
De um miseravel traidor, o desgracado.
Que ao nascer, pobre infeliz, ostentarias,
O marco invisivel de um penhor fiel,
Jamais a justica, a ti, condenaria,
Morrerias com a propria sicuta de teu fel.
Pobre mae, por Deus, ser abencoado,
Escurecer-se para este infeliz parir,
E tua vagina, com o teu sangue de alvura,
Nao foi de vermelho, o miseravel ensujado,
Ser maldito, razao de minha tortura.
Saiste por um cu, foste cagado.
E com labias e mais contos enganosos,
A muitos tantos, miseravel, foste puro.
E lagrima de penas de homens corajosos,
Cairam-se por faces, eu vos juro.
Que de creditos ao traidor foram dados,
E os meritos nao menos so foram juras,
Pois as dores que a tantos has causado,
Elas te levaram a cair em cova escura.
Pobre gente, a quem a ela enganaste,
Dor sera tua miseravel vida e, sem sorte,
Pois a luz da vida nao iluminara tua cura
Menos, ainda, a tortura de tua morte levaste
Repousa, miseravel, em caixa escura,
De sangue, traidor, minhas lagrimas nao choraste.
Luiz Ferraz
Nenhum comentário:
Postar um comentário