Passando a Limpo
Maria da Penha,
Tu mesmo, a razão
De meu total embaraço
O baile de fornatura
Que pra mim foi um fracasso
Ao eu dar-te a mão pra dança
Olhavas sem nem me ver
E dizia toda orgulhosa
Só escreve em meu caderno
O lápis que tem bom traço.
Depois da noite de baile
Muita coisa o tempo rolou
Anos tantos se passaram
Dias eram folhas de dor
Escritas por muita mágoa
De não ter aquele amor.
Guardei um amor escondido
Em toda minha tristeza
E o tempo que nos separa
Deixou marca que não solta
Mas Maria da Penha retorna
Tendo levado minha ilusão
Um perdão e um caderno
Suplicando um beijo e abraço
Veja como o mundo gira
No girar do meu compasso.
De Luiz Ferraz
Em 10 de novembro de 2010
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