Tenho todo tempo.
Verbo o que tem é tempo
Qualquer verbo tem relação
Tempo que faz é tempo
Já esqueci o tempo que tem
Que não rasgo nota de cem
Doidice é que sempre me vem
De além não ir muito mais
Pois só passado dá tempo
Voltar em quarquer momento
Indo pra frente e pra trás.
Porém chegará um dia
Que é do tempo também
Com diferente semblante
Dar valor ao tempo quem tem
E pedir ao tempo o bastante
Um momento de retrocesso
Bem valor se dará ao minuto
E em toda a fração contida
Nem toda vida é instante
Mas todo instante é vida.
Que é tão pouco pra pensar
Passado é tempo presente
E no futuro quem já se sente
É verdade que lá bem detrás
Onde vento dá volta na gente
E conhecimento dá empurrão
Não nasceu quem desmente
Por isso presente ou ausente
Sendo maluco, sou excelente
Muito melhor do que bom.
Mas toda doidera feita
No tempo que a vida nos dá
É a cabeça quem varia
Se tem esse tempo verbal
Tem gente que não aprecia
Que é tempo de detalhar
Vão até fazer comentário
De como sou analfabeto
Gosto que de mim falem mal
E odeio quem não sabe falar.
sexta-feira, 30 de setembro de 2016
domingo, 25 de setembro de 2016
A MORTE DE MINHA TIA
A morte de minha tia
Minha tia morreu
E só por causa da herança
Tinha parente demais
Querendo entrar na dança.
Enquanto a velha vivia
Sua vida era ausente
De aconchego de amigos
E também de seus parentes
Mas a velha empacota
E ainda com sangue quente
Chegava até fazer fila
Nunca vi foi tanta gente.
Refrão :
Minha tia morreu
E só por causa da herança
Tinha parente demais
Querendo entrar na dança.
Logo veio o funeral
Veja como tudo se deu
Não sabia que o povo tinha
Tanto amor no coração
Amazonas que se cuide
Esse lugar já foi seu.
Choraram foi tantas lágrimas
Que outro rio aqui nasceu.
Refrão:
Minha tia morreu
E só por causa da herança
Tinha parente demais
Querendo entrar na dança.
Estou muito agradecido
Veja só que povo bom
Faziam até revezamento
Na alça de seu caixão
De flores faziam arremesso
Olhem só, tanta pujança
Nunca vi ter tanto atleta
Na olimpíada da herança
Ói, segura a véia que ela vorta
Não brinca com essa véia não.
De Luiz Ferraz
23 de setembro de 2016
Minha tia morreu
E só por causa da herança
Tinha parente demais
Querendo entrar na dança.
Enquanto a velha vivia
Sua vida era ausente
De aconchego de amigos
E também de seus parentes
Mas a velha empacota
E ainda com sangue quente
Chegava até fazer fila
Nunca vi foi tanta gente.
Refrão :
Minha tia morreu
E só por causa da herança
Tinha parente demais
Querendo entrar na dança.
Logo veio o funeral
Veja como tudo se deu
Não sabia que o povo tinha
Tanto amor no coração
Amazonas que se cuide
Esse lugar já foi seu.
Choraram foi tantas lágrimas
Que outro rio aqui nasceu.
Refrão:
Minha tia morreu
E só por causa da herança
Tinha parente demais
Querendo entrar na dança.
Estou muito agradecido
Veja só que povo bom
Faziam até revezamento
Na alça de seu caixão
De flores faziam arremesso
Olhem só, tanta pujança
Nunca vi ter tanto atleta
Na olimpíada da herança
Ói, segura a véia que ela vorta
Não brinca com essa véia não.
De Luiz Ferraz
23 de setembro de 2016
quarta-feira, 21 de setembro de 2016
CONFORMADO
CONFORMADO
O pobre de Zé Maria
Que é muito amigo meu
Já está bem preocupado
Com algo que lhe nasceu
Plantou muda no roçado
Mas foi na cabeça é que deu.
Ai, meu bem. Ai meu bem.
Chifre não dá só em gado
Mas na cabeça de quem tem...
E agora o que eu faco?
Veja só minha agonia
Viche, Zé, não faça nada
Mostre mais sabedoria
Pois galho que nasceu ontem
Pode nascer outro dia.
Ai, meu bem. Ai, meu bem.
Chifre não dá só em gado
Mas na cabeça de quem tem...
Tenha mais fé nessa vida
Em tudo que ela lhe dá
Tanto faz dar na cabeça
Como na cabeça dar
Se a vida lhe deu um chifre
Aprenda também a chifrar.
Ai, meu bem. Ai, meu bem
Chifre não dá só em gado
Mas na cabeça de quem tem...
De Luiz Ferraz
21 de setembro de 2016
Mais um samba.
O pobre de Zé Maria
Que é muito amigo meu
Já está bem preocupado
Com algo que lhe nasceu
Plantou muda no roçado
Mas foi na cabeça é que deu.
Ai, meu bem. Ai meu bem.
Chifre não dá só em gado
Mas na cabeça de quem tem...
E agora o que eu faco?
Veja só minha agonia
Viche, Zé, não faça nada
Mostre mais sabedoria
Pois galho que nasceu ontem
Pode nascer outro dia.
Ai, meu bem. Ai, meu bem.
Chifre não dá só em gado
Mas na cabeça de quem tem...
Tenha mais fé nessa vida
Em tudo que ela lhe dá
Tanto faz dar na cabeça
Como na cabeça dar
Se a vida lhe deu um chifre
Aprenda também a chifrar.
Ai, meu bem. Ai, meu bem
Chifre não dá só em gado
Mas na cabeça de quem tem...
De Luiz Ferraz
21 de setembro de 2016
Mais um samba.
terça-feira, 20 de setembro de 2016
PASSANDO A LIMPO
Passando a Limpo
Maria da Penha,
Tu mesmo, a razão
De meu total embaraço
O baile de fornatura
Que pra mim foi um fracasso
Ao eu dar-te a mão pra dança
Olhavas sem nem me ver
E dizia toda orgulhosa
Só escreve em meu caderno
O lápis que tem bom traço.
Depois da noite de baile
Muita coisa o tempo rolou
Anos tantos se passaram
Dias eram folhas de dor
Escritas por muita mágoa
De não ter aquele amor.
Guardei um amor escondido
Em toda minha tristeza
E o tempo que nos separa
Deixou marca que não solta
Mas Maria da Penha retorna
Tendo levado minha ilusão
Um perdão e um caderno
Suplicando um beijo e abraço
Veja como o mundo gira
No girar do meu compasso.
De Luiz Ferraz
Em 10 de novembro de 2010
Maria da Penha,
Tu mesmo, a razão
De meu total embaraço
O baile de fornatura
Que pra mim foi um fracasso
Ao eu dar-te a mão pra dança
Olhavas sem nem me ver
E dizia toda orgulhosa
Só escreve em meu caderno
O lápis que tem bom traço.
Depois da noite de baile
Muita coisa o tempo rolou
Anos tantos se passaram
Dias eram folhas de dor
Escritas por muita mágoa
De não ter aquele amor.
Guardei um amor escondido
Em toda minha tristeza
E o tempo que nos separa
Deixou marca que não solta
Mas Maria da Penha retorna
Tendo levado minha ilusão
Um perdão e um caderno
Suplicando um beijo e abraço
Veja como o mundo gira
No girar do meu compasso.
De Luiz Ferraz
Em 10 de novembro de 2010
O MAIOR INVENTO
O Maior Invento
Tenho medo de altura
Apesar de nunca ter voado
Vivo sentindo uma gastura
E ando meio atordoado
Como posso não voar
Com esse avião do lado?
Ando tão desatinado
Isso é o que se pressente
Com um boing do meu lado
Já estou de sangue quente
To comendo a sobremesa
Antes de ter almoçado
Tenho medo do futuro
Que vem lá do meu passado
Tem coisas feitas no escuro
Que não melhor se faz no claro
Já fiz coisa aqui no chão
Que senti ter decolado.
O aconchego da mulata
É que me deixa turbinado
Não tem asa, não tem nada
Mas provoca alteração
Que me faz voar bem alto
Sem que eu saia aqui do chão.
Luiz Ferraz
Em 15 de setembro de 2016
Tenho medo de altura
Apesar de nunca ter voado
Vivo sentindo uma gastura
E ando meio atordoado
Como posso não voar
Com esse avião do lado?
Ando tão desatinado
Isso é o que se pressente
Com um boing do meu lado
Já estou de sangue quente
To comendo a sobremesa
Antes de ter almoçado
Tenho medo do futuro
Que vem lá do meu passado
Tem coisas feitas no escuro
Que não melhor se faz no claro
Já fiz coisa aqui no chão
Que senti ter decolado.
O aconchego da mulata
É que me deixa turbinado
Não tem asa, não tem nada
Mas provoca alteração
Que me faz voar bem alto
Sem que eu saia aqui do chão.
Luiz Ferraz
Em 15 de setembro de 2016
sábado, 10 de setembro de 2016
PAR DE SAPATOS
PAR DE SAPATOS
Que belo par de sapatos
Que belo, foi meu trabalho quem deu.
Que belo, piso à vontade
Que belo, em caminho que é só meu.
Que belo, piso bem de mansinho,
Que belo, pra não ferir a saudade.
Que belo, pisa manso em saudade
Que belo, também pisa em amargura
Que belo, pisa cheio de vontade
Que belo, quando chove lá na rua.
Que belo, pisa até sem piedade
Que belo, com prazer de pisar na lua.
Que belo, pisa ao meio dia,
Que belo, onde bate o sol ardente
Que belo, piso à meia noite,
Que belo, onde o forró tá bem mais quente
Que belo, piso no pé da cabocla
Que belo, mexendo no corpo da gente.
Que belo, pisei no passado,
Que belo, ainda piso no presente
Que belo, se pisarei no futuro
Que belo, só até onde eu aguente
Que belo, meu par de sapatos
Que belo, não deu mais um passo à frente
De Luiz Ferraz
Janeiro de 2013
Que belo par de sapatos
Que belo, foi meu trabalho quem deu.
Que belo, piso à vontade
Que belo, em caminho que é só meu.
Que belo, piso bem de mansinho,
Que belo, pra não ferir a saudade.
Que belo, pisa manso em saudade
Que belo, também pisa em amargura
Que belo, pisa cheio de vontade
Que belo, quando chove lá na rua.
Que belo, pisa até sem piedade
Que belo, com prazer de pisar na lua.
Que belo, pisa ao meio dia,
Que belo, onde bate o sol ardente
Que belo, piso à meia noite,
Que belo, onde o forró tá bem mais quente
Que belo, piso no pé da cabocla
Que belo, mexendo no corpo da gente.
Que belo, pisei no passado,
Que belo, ainda piso no presente
Que belo, se pisarei no futuro
Que belo, só até onde eu aguente
Que belo, meu par de sapatos
Que belo, não deu mais um passo à frente
De Luiz Ferraz
Janeiro de 2013
NATUREZA
Natureza
Eu sou a mãe natureza,
A mais suprema nobreza
Desde início da criação.
Eu sou a dona do mundo,
Quem criou o raso e profundo
Não bula comigo não.
Eu sou a mão que sustenta,
Aquela que o ser aguenta
Desde o início da construção.
Eu sou a mão que constrói
Sou a dor ferrenha que dói
E que clama por atenção.
Eu sou quem o melhor oferere
Mas o humano não agradece
E desconhece a gratidão.
Eu sou a que não entendo
Tal o descontentamento
E tendo tudo na mão.
Eu sou a única justiça
E ao ver tamanha cobiça
Sei que é exageração.
Eu sou um livro aberto e
Não conheço nenhum decreto
Que chame a minha atenção.
Eu sou do belo, o mais puro,
Seja no bem claro ou escuro
Serei sempre a exatidão
Sendo eu a unipotente,
Não há livro mais presente
Que a cartilha de minha lição
Eu sou a maior vontade
Ao humano dei com bondade
Mas sinto imensa decepção
O ambiente que dei sem receio
Eles agora chamam de meio
Causando a maior frustração.
De Luiz Ferraz
24 de agosto de 2007
Fico triste ao ver a agonia do mundo.
Eu sou a mãe natureza,
A mais suprema nobreza
Desde início da criação.
Eu sou a dona do mundo,
Quem criou o raso e profundo
Não bula comigo não.
Eu sou a mão que sustenta,
Aquela que o ser aguenta
Desde o início da construção.
Eu sou a mão que constrói
Sou a dor ferrenha que dói
E que clama por atenção.
Eu sou quem o melhor oferere
Mas o humano não agradece
E desconhece a gratidão.
Eu sou a que não entendo
Tal o descontentamento
E tendo tudo na mão.
Eu sou a única justiça
E ao ver tamanha cobiça
Sei que é exageração.
Eu sou um livro aberto e
Não conheço nenhum decreto
Que chame a minha atenção.
Eu sou do belo, o mais puro,
Seja no bem claro ou escuro
Serei sempre a exatidão
Sendo eu a unipotente,
Não há livro mais presente
Que a cartilha de minha lição
Eu sou a maior vontade
Ao humano dei com bondade
Mas sinto imensa decepção
O ambiente que dei sem receio
Eles agora chamam de meio
Causando a maior frustração.
De Luiz Ferraz
24 de agosto de 2007
Fico triste ao ver a agonia do mundo.
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