Saudade da minha vida
Que sentimento é esse que bate em meu peito?
Vou me aprofundar direito e ver de onde é que vem.
Chegou, nem bateu e nem pediu pousada e
Por mais que eu peça, não quer sair por nada
Diz que já sentou morada e que já não tem mais jeito.
Disse que vai não vai morar só mas com duas companhias.
Que me entenderei bem com elas, independente da vontade
E as apresentou por nomes como sendo Tristeza e Alegria.
Sempre vivemos as tres juntas e minha graça é Saudade.
Estarás mais com Alegria por outras vezes mais Tristeza.
As duas são bem unidas e são duas jóias bem raras
São filhas do Pai Eterno mais e sua mãe Natureza
São ciumentas. Quando uma se ajunta, a outra logo separa.
Não entendo a razão mas me apego mais de Alegria
Mais que dê volta o mundo, não deixo Tristeza pra trás
Nós tres vivemos tão bem e não nos falta sintonia
Nesse mundo só tenho a elas que me fazem viver em paz.
Apresentaram-se bem as tres. Meu coração tomem e pronto.
Não carece de contrato. Vejo que são boas pagadoras
Viveremos os quatro, então, uma nova grande harmonia
E por serem tão boas assim, do aluguel terão um desconto
Necessitarei de ti, Tristeza. Também de ti Alegria.
Agora, depois de tudo entre nós acertado,
Saudade te peço um único e grandioso favor:
Não me leve Tristeza embora, muito menos a linda Alegria
Quem em meu coração já entrou e faz tempo que habita,
Não me deixaria sentir dor,
Saudade de minha vida.
Luiz Ferraz
Em 23 de julho de 2016
Homenagem à Eurides Oliveira de Mendonça, minha tia Lidinha.
Descanse em paz
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