quinta-feira, 28 de abril de 2022

O VOTO

 O Voto


A palavra "voto", oriundo do latim "votum", significava, em sua origem,  escolha, desejo.

No final do séc. XV, o termo passou a designar também a opinião que o cidadão manifesta a respeito de uma proposta ou de um candidato; num verdadeiro regime democrático, todos os assuntos importantes são decididos pelo voto, isto é, pela escolha livre dos eleitores.

Assim sendo,  companheiras e companheiros, o voto não é um objeto de permuta, barganha, negociata ou qualquer similitude a isso. O voto, na política, é a manifestação do seu desejo por um candidato que você acredita ser o mais adequado a lhe representar no parlamento ou no executivo.

Não se deixe enganar por influências negativistas. Seja você mesmo e dê sua própria manifestação pois,  assim, você se sentirá orgulhoso, bem ou mal, de ter colaborado para o bem estar da democracia, essa forma de governo que, ainda, com vários defeitos, é a melhor de todas elas.

Não venda seu voto por migalhas, não o troque por um par de tênis ou por uma promessa vã. Seja você, cidadã ou cidadão,  o dono de seus anseios sem que outros respondam por você.  Assim, você mostra o sua  vontade.  Se vender, alugar, barganhar o seu voto, você transferirá para um terceiro o que é seu de direito. Pense nisso. Vá  votar no dia das eleições e retorne para casa tendo a certeza de que vc cumpriu com o seu dever de cidadão, expressando a sua expectativa de uma pátria e um mundo melhor.

Luiz Ferraz


quarta-feira, 27 de abril de 2022

A LUTA DEMOCRÁTICA

 A Luta Democrática 


Ainda na minha mais ingênua infância, ouvia, todos os dias, corriqueiramente, o povão dizer: "você não viu? Saiu na Luta Democrática".

A Luta Democrática era um jornal do Rio de Janeiro, de propriedade do deputado federal Tenório Cavalcanti. Sim, ele mesmo. O homem da capa preta que vivia acompanhado de sua metralhadora "Lurdinha". 

Quase não se fazia necessário o acompanhamento, pelo UDNnista daquele instrumento bélico pois as próprias matérias sangrentas aterrorizavam a população.  Não somente a população de Duque de Caxias, cidade fluminense mas como, também, toda a população do antigo estado da Guanabara, do qual eu sou filho.

Tenório era para Duque de Caxias o que Leonel Brizola foi para o estado do Rio de Janeiro - um líder nato. O povo o seguia e o apoiava. 

Hoje, companheiras e companheiros,  luta democrática é, apenas, mais um ponto de lembrete da minha tenra fase juvenil. Como podemos ter uma luta democrática e um bem estar comum se uma grande maioria de nossos compatriotas, sequer,  ao menos, tentam entender, verdadeiramente, a política em curso que se arrasta pelos pontos cardeais na nação brasileira? O que se vê,  no cotidiano, com honrosas exceções,  são nossos brasileiros afirmarem a seguinte expressão " eu detesto a política". Mal sabe o coitado que ao abrir os olhos, pela manhã, a política já se faz dentro de seus órgãos, com verdadeira democracia e respeito.

Ainda na Grécia antiga, aqueles gregos se decepcionariam ao ver a junção de seus dois vocábulos sendo conduzidos de forma intrinsicamente deturpada pelos habitantes do planeta Terra.

Governo para o povo ou governo do povo são,  irônica e utopicamente, articuladas palavras na boca de nossos irmãos.  A nova versão das expressões mais se refere a um governo para uma quase aristocracia e outro governo para a plebe que se vem arrastando por migalhas.  Muitos desses irmãos não se importam com o bem estar social e amplo. Pensam apenas em seguir um falso messias, ignorante e ameaçador.  

É lamentável. Mais eu preferiria estar nos tempos de Tenório. 

Luiz Ferraz

sábado, 23 de abril de 2022

DESCARADO

 Não lamente, povo brasileiro,  a teu estado

Pois estúpido tem sido muita gente boa,

Grandes estúpidos tinha a Coroa

E milhões de vezes estúpido tem reinado.


Bolsonaro é um estúpido 

E além de grande estúpido, foi estúpido e soldado.

Mais de um quarto da nação acompanhado 

Por estúpidos o "mito" é louvado.


Que governo é famoso por mutreta?

Que na chupeta mama família inteira

Mama até que não possui a mamadeira

Leite d'ouro que outrora foi roubado.



Não te arrependas, brasileiro, do passado

Que por cultos foste bem encaminhado,

Vilões em milheiros ajudados

Por um messias pelo demônio consagrado.


Luiz Ferraz

Sátira do soneto de Manoel Maria Barbosa du Bocage, publicado em Poesias Eróticas, Burlescas e Satyricas.


domingo, 3 de abril de 2022

A DIVINA COMÉDIA BRASILEIRA DO BOZO

Ao contrário do que Dante Alighiere narrava na sua obra "Comédia", onde apareciam o inferno, o purgatório e o paraíso, na do ladrão Bolsonaro, só temos uma primeira e única subdivisão - o inferno.

Vejam que o tradutor de libras é  acomodado de maneira pouco cortês a um lugar de pouca assistência,  o ex presidente Collor, de máscara e imóvel não fazia nem lubrificação os olhos, a Misscheque era ouvido alugado para cochichos, o Marcos Pontes, astronautinha de estrume cujo a família vive no Texas, o locutor de rodeio entre o bem e o mal. Estavam presentes, em espírito, o bispo Edir Macedo, o grande Malafaya, o "Valdomiro chapelão" entre outros. 

Em nome de Jesus. Deus no comando. 

Enfim, episódio dantesco.

Luiz Ferraz