Esse samba aí em homenagem a meus pais que já partiram e me deixaram esse lindo legado.
ESCRAVIDÃO
Orgulho eu tenho
Desse corpo maltratado
Trabalho escravo
Já reinou a abolição
Não é possivel
Que a pluma de Isabel
Deixe acabar comigo
Num trabalho tão cruel.
De sol a sol
Querem tirar o meu couro
Meu sangue vermelho
Tá ardendo feito fel
Carrego sempre
Não tem dó nem piedade
Vejam só a crueldade
No transporte de um tesouro
Minha consciencia
Esse feitor que me abomina
Faz que eu transporte
Meu coração que é de ouro
Alma pura, toda ela cristalina
Alteza, não tô assim tão forte
Mas carrego até a morte
O fardo de minha sina
Liberdade,
Que raia dentro desse peito
Pra esse escravo sem direito
Por favor, me dê a mão (refrão )
De Luiz Ferraz
Dia 3 de novembro de 2016
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