domingo, 24 de julho de 2016

SAUDADE DA MINHA VIDA

Saudade da minha vida


Que sentimento é  esse que bate em meu peito?
Vou me aprofundar direito e ver de onde é  que vem.
Chegou, nem bateu e nem pediu pousada e
Por mais que eu peça, não quer sair por nada
Diz que já  sentou morada e que já  não  tem mais jeito.

Disse que vai não vai morar só  mas com duas companhias.
Que me entenderei bem com elas, independente da vontade
E as apresentou por nomes como sendo Tristeza e Alegria.
Sempre vivemos as tres juntas e minha graça é  Saudade.

Estarás mais com Alegria por outras vezes mais Tristeza.
As duas são bem unidas e são duas jóias bem raras
São filhas do Pai Eterno mais e sua mãe Natureza
São ciumentas.  Quando uma se ajunta, a outra logo separa.

Não entendo a razão mas me apego mais de Alegria
Mais que dê volta o mundo, não  deixo Tristeza pra trás
Nós tres vivemos tão bem e não nos falta sintonia
Nesse mundo só tenho a elas que me fazem viver em paz.

Apresentaram-se bem as tres. Meu coração tomem e pronto.
Não carece de contrato. Vejo que são boas pagadoras
Viveremos os quatro, então, uma nova grande harmonia
E por serem tão  boas assim, do aluguel terão um desconto
Necessitarei de ti, Tristeza. Também de ti Alegria.

Agora, depois de tudo entre nós  acertado,
Saudade te peço um único e grandioso favor:
Não me leve Tristeza embora, muito menos a linda Alegria
Quem em meu coração já entrou e faz tempo que habita,
Não me deixaria sentir dor,
Saudade de minha vida.


Luiz Ferraz
Em 23 de julho de 2016
Homenagem à Eurides Oliveira de Mendonça,  minha tia Lidinha.
Descanse em paz

terça-feira, 19 de julho de 2016

A MULÉ QUE DEUS CRIOU

A mulé que o Deus criou.

Pois, homi, tome teu tento
E aprenda aqui cum o dotô
Que a invenção  mais divina
Das obra da criação
Foi a criação feminina
Feita por Deus, nosso Senhor.

Pois arrepare pra cunhecer
Que a mulé, inspiração bem profunda
Foi nascida de uma custela
Que é osso duro de ruê
Pois se fosse pra ser fraca ela
Teria sido criada da bunda.

Eu sô um cego anarfabeto
Mas sem ver é que posso enxergar
Que coisa mior que mulé
Nos projeto do Criador
Ou ainda num saiu do papé
Ou nunca Ele vai inventar.

Os homi é qui nunca intende
Das arte da criação
Pois pur mais que eles tudo faça
Num enxerga dois parmo de frente
Que se a mulé foi criada
Foi só pra nos fazer mais valente.

Das mulé  nóis num é  dono
Nem do corpo e nem coração
Das mulé nóis só é  cumpanheiro
Isso eu nunca me atrapaio
Que elas tem toda a valentia
Mesmo num tendo chucaio.

Mulé é que sabe ensinar
Elas atua cum muito sentimento
Elas que ensina os fio
Com as rédia e cabresto nas mão
Elas que sofre, brinca e atura
Mas nunca perde a razão.

Por isso nóis todos os homi
Que achar ser macho engraçado
É que nóis num sofre o que elas sofre
Quem duvida que muda de lado
Homi só é  homi do lado de cá
Do outro lado eles tudo corre.

Como nos verso do cumpanhero cego,
Que se estou chorando agora,
Não choro da minha cegueira
Mas da partida da minha guia
Pois antes de mamãe ir imbora
Eu era um cego qui via.

Luiz Ferraz



A MULÉ QUE DEUS CRIOU

A mulé que o Deus criou.

Pois, homi, tome teu tento
E aprenda aqui cum o dotô
Que a invenção  mais divina
Das obra da criação
Foi a criação feminina
Feita por Deus, nosso Senhor.

Pois arrepare pra cunhecer
Que a mulé, inspiração bem profunda
Foi nascida de uma custela
Que é osso duro de ruê
Pois se fosse pra ser fraca ela
Teria sido criada da bunda.

Eu sô um cego anarfabeto
Mas sem ver é que posso enxergar
Que coisa mior que mulé
Nos projeto do Criador
Ou ainda num saiu do papé
Ou nunca Ele vai inventar.

Os homi é qui nunca intende
Das arte da criação
Pois pur mais que eles tudo faça
Num enxerga dois parmo de frente
Que se a mulé foi criada
Foi só pra nos fazer mais valente.

Das mulé  nóis num é  dono
Nem do corpo e nem coração
Das mulé nóis só é  cumpanheiro
Isso eu nunca me atrapaio
Que elas tem toda a valentia
Mesmo num tendo chucaio.

Mulé é que sabe ensinar
Elas atua cum muito sentimento
Elas que ensina os fio
Com as rédia e cabresto nas mão
Elas que sofre, brinca e atura
Mas nunca perde a razão.

Por isso nóis todos os homi
Que achar ser macho engraçado
É que nóis num sofre o que elas sofre
Quem duvida que muda de lado
Homi só é  homi do lado de cá
Do outro lado eles tudo corre.

Como nos verso do cumpanhero cego,
Que se estou chorando agora,
Não choro da minha cegueira
Mas da partida da minha guia
Pois antes de mamãe ir imbora
Eu era um cego qui via.

Luiz Ferraz



sábado, 16 de julho de 2016

FILHOS DA PÁTRIA

Filhos da Pátria

Filhos da pátria é  o que vós  não  sois
Se dela zombam, riem e achincalham.
Quais filhos poderiam ser, então,  depois
Se a minha mãe nunca pariu canalhas?

E você,  democracia que me empurra
E que me leva em seu dia a dia;
Democracia, peço que não me iludas
Com mais essa tua tal falsa demagogia.

Perplexo, assisto a tudo e bem assustado
A vida dura que um congressista leva
Levando a vida, vai o assalariado
Nem lamparina no final do túnel enxerga.

Estando solto sei que preso estou
À tornozeleira que não mais se tem,
Estando preso é  que caminhando eu vou
Pois a razão só dá-se a quem tem.

E me dá lástima, minha mãe, agora
Ao cuidar de ti, vejo que faço o bem
Mas mãe é mãe, toda uma vida a fora
Pois dá amor a quem amor não tem.

Luiz Ferraz
10 de julho de 2016