Guardarmos passado, para que?

Eu, desde o começo. E, você?
Até o fim de sua falsa glória.
Não falarão de minhas bondades,
Nem de minhas melancolias,
Jamais saberão de minhas vontades,
Muito menos de minhas utopias.
Já de você, coitada, se minha vida for primeiro escolhida.
Lamentarão a minha morte em sua vida,
E como um povo vive de ironia
Não viveu esse povo meu dia a dia
E esquecerão, brevemente, a minha partida.
Queira o Senhor que eu não vá primeiro.
Terei mais forças para lutar com o destino.
Já, você, bem frágil por ser de mim herdeira.
Não saberia explicar-se tão bem, primeiramente, ao Divino.
Para que, se assim são os seres?
Malditos vermes e da vida faladeiros.
Em vida não me orientaram os conselheiros
E com meu epitáfio, seguirão os tais e o mundo inteiro.
Por: Luiz Ferraz
Em: 24 de maio de 2012.
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