Final de vida
Não importa como se mata
E nem a forma que se constrói,
Por uma distração maldita
É uma dor que em meu peito dói;
É uma dor, mas tão doída
A dor de quem tira uma vida.
Quem tira uma vida é assassino
E quem a mantém não é herói
Acabei por tirar a vida
Dos peixinhos de meu menino.
No aquário todos nadavam
Não fazia falta nem limpeza
Mas a vaidade do ser humano
Que não viu do natural, a beleza
Acabou por destruir
O que contruiu a natureza.
Mas que a justiça seja feita
Na mais comovente audiência
E a clava que bate o povo
Mesmo que peça clemência
Absolvendo-me, estarei livre
Mas preso à consciência.
De Luiz Ferraz