domingo, 4 de abril de 2010

ESTADOS UNIDOS: SONHO OU PESADELO?





Para que todos vocês tomem conhecimento ha, mais ou menos, dez minutos atrás, assistindo um programa da Globo Internacional, pude observar entre os entrevistados (brasileiros e com mais de 30 anos de Estados Unidos cada um) a unanimidade em dizer que hoje o "fazer a vida" nos Estados Unidos é impossível.
Não somente em San Diego (onde foi feita a metéria) mas em quase todas as cidades americanas a vida imigrante é muito dificil. Aquele que queria vir para os Estados Unidos e não tenha nada garantido, é melhor mudar de idéia porque além de não conseguir trabalho sem qualificação com a mesma facilidade de antes, a perseguição se tornou mais intensa pelo "Border Patrol", do departamento de Imigracao.
Hoje, praticamente, se torna impossivel conseguir uma carteira de motorista nos estados americanos. Aqueles que vinham ainda emitindo as tais carteiras (documento fundamental de identidade) já não estão mais executando o tal servico à comunicade salvo o solicitante esteja totalmente legal no pais (que possua o chamado "green card", tenha cidadania americana ou vistos de trabalho autorizado).
Evidentemente que pequenos grupos de falsificadores se formaram tentando burlar o Estado. Vários desses elementos que se valiam da infelicidade do imigrande estão nas cadeias e uma porcentagem muito elevada dos tais grupos se desintegrou com medo de punições muito severas.
A crise imobiliária foi o carro chefe do desemprego da mão de obra não qualificada. Consequentemente, tudo relacionado a indústria imobilária teve um declínio acentuado.
Hoje, nos Estados Unidos se vê muitos estabelecimentos em falência. Muitas "cafeterias" em situacao deplorável e não dando mais emprego a ilegais. Quando isso acontece, se escondendo da legislação, o sub-empregado passa a receber uma conpensação miserável referente a sua carga horária o que lhe porporciona uma vida ilusória e infeliz com o passar do tempo, onde comprova que, na verdade, só está perdendo. Isso desencadeia uma forte depressão ao que tinha aquele sonho guardado. Passam a viver em uma ilusão terrivel e, um número acentuado não se recupera prontamente do golpe ao retornar a realidade.
Eu, particularmente, tenho vários conhecidos que perderam suas casas, que perderam seus empregos e vivem nos Estados Unidos, hoje em dia, em situação deplorável e muito pior do que estariam no Brasil.
Por esta razao, brasileiros, pensem bem no exato momento de fazer a sua escolha. Eu sei que é tentador e a empolgação juvenil é muito grande. Pensem bem para que não comecem a receber o "NÃO" já na porta do consulado americano em nosso tão querido Brasil.
Não aceitem isso como conselho mas, sim, como uma prova real do que acontece hoje nos Estados Unidos.
Para que vocês tenham uma idéia eu, que conseguia viver bem cômodo como um motorista de taxi em Miami, no estado da Florida, hoje eu, envolvido neste clima de crise apenas sobrevivo, considerando já ter a casa própria quitada.
Vários conhecidos meus, fazendo o mesmo tipo de trabalho, retornaram ao Brasil. Alguns que ficaram e antes pagavam a prestação da casa própria, hoje vivem de aluguel e com o seu perfil de crédito em situação deplorável por não cumprimento das obrigacões financeiras assumidas.
Quem, no passado tinha um índice de crédito elevado, este foi reduzido consideravelmente, dificultando ainda mais a situação de quem quer seguir em frente.
Isso tudo se deu não somente por culpa dos grandes bancos assim como, também, da ambição sem freio da própria pessoa física. Onde já se pôde imaginar neste planeta em que vivemos que quem ganha uma faixa salarial de dois mil dólares/mês possa assumir uma dívida principal de 300 mil dólares em trinta anos, pagando entre dois e tres mil dólares/mês? Nem o maior dos economistas faria tais cálculos.
Acima disso tudo acrescente os mais variados tipos de seguro obrigatório (contra enchentes, furacoes, propriedade e outros).
Outros tantos desses colegas de trabalho se valeram de não poderem pagar mais e continuarem vivendo no próprio imóvel até sua retomada por decisão judicial. Com isso, já pude ver famílias chorando por não terem mais pra onde ir.
Pensem bem, compatriotas. Não se lancem em algo que não tenham alguma garantia.
Não confie naquele que te dará informação diferente da que estou te dando. Verifique primeiro, analise a proposta e a situação e, só assim, dê crédito ou não.
Não se esqueçam de um fator muito importante. O Dólar americano flutua con certo declínio no mercado internacional. Exportadores brasileiros já se recusam em exportar na moeda norte-americana.
Bem, vejam e comprovem.
Eu adoraria que tudo isso tivesse sido escrito no dia primeiro de abril. Nao se esqueçam: hoje é dia 4 de abril do ano 2010.
Luiz Ferraz